domingo, 4 de outubro de 2009

O Tornado e o Guerreiro Coletivo – Um Enredo sobre 2012

Mais uma vez a malha de consciência se manifestou para mim como um vento que chega de repente, transportando uma nuvem no céu que se transforma em uma imagem para ser contemplada, um significado, um convite para a reflexão. Os ventos e nuvens desta malha foram sonhos, intuições, metáforas, sincronicidades, informações e mensagens contidas em livros, filmes e canalizações.
Esta malha começou a se formar com um sonho que tive em Maceió no final de agosto de 2009. O sonho foi o seguinte:
“Estava na cobertura de um grande edifício conversando com o Jorge Fernando, aquele diretor da Globo que se destaca por sua alegria e descontração. Estávamos conversando sobre o ano 2012 e o que esta data representa.
Em nossa conversa eu dizia o que sabia sobre o tema. Falava sobre a desinformação que envolve esta data e a crescente onda midiática em torno disto, geralmente com foco apocalíptico. Falava também sobre tudo o que já havia estudado, intuído e entendido sobre este fim de ciclo único em nossa história e a importância de informar às pessoas sobre os grandes potenciais de renovação que trás.
Enquanto falava, percebia que o Jorge Fenando se empolgava, havia um brilho em seu olhar e uma expressão de espanto em sua face. Então ele me disse que tudo aquilo precisava ser tema de um samba enredo para que fosse apresentado no Carnaval do Rio, para que pessoas do mundo inteiro pudessem assistir! À medida que falava eu ia visualizando as fantasias, as alas da escola representando várias facetas que envolvem esta data e seus significados, os carros alegóricos. Tudo aquilo se juntava em um todo coerente! No sonho me parecia que aquela seria a maneira perfeita de esclarecer sobre um tema tão polêmico e importante!
Ao final de nossa conversa o Jorge Fernando apontou para uma estrutura que estava em cima daquela cobertura e me perguntou o que era. Quando olhei vi um grande observatório com uma cúpula verde! Disse a ele que eu havia recebido aquele observatório de presente.
O sonho terminou ali.”
Ao acordar, a primeira coisa que me veio à mente foi a lembrança de uma série de experiências que vivi em 2005 também com aquele tema, onde literalmente o Ser me pedia para “aprofundar no significado de 2012”, o que acabei fazendo através de várias leituras e reflexões. Aquela experiência está relatada em outra mensagem que chamei de “Hecate, Anima,Sophia e Anima Mundi - Conduzindo ao Centro Verdadeiro -O Centro Galáctico e o Ano 2012”.
Ao analisar o sonho o que ficou bem evidente, com a presença de um diretor global e a sugestão de criar um enredo para escolas de samba, foi a importância de transmitir esta informação para um grande público de maneira criativa e alegre, através de um enredo, uma história. Aliás, no texto sobre o qual falo acima, um dos insights que tive foi a necessidade de “se tornar criança” para aproveitar o potencial de evolução que este momento representa. Só através da criatividade, da imaginação, da alegria e da confiança pode-se atravessar a ponte para uma realidade mais plena.
Quem sabe se não surge um diretor ou mesmo um carnavalesco que compre esta idéia?! ;0
De qualquer forma senti que estava chegando a hora de escrever sobre 2012 e compartilhar minhas percepções e entendimentos com outras pessoas.
Outro símbolo muito importante presente no sonho foi o observatório com a cúpula verde que eu havia ganhado de presente!
O fato de ser um observatório é óbvio, pois tem haver com a observação do cosmo e também o que ele nos diz.
Não é segredo que o macro universo à nossa volta nos afeta em nossa esfera física, basta observarmos o efeito da gravidade nas marés, das radiações solares e cósmicas sobre a biosfera. Mas, acredito que há também os efeitos mais sutis, energéticos e simbólicos, como nos mostra a astrologia, ciência presente em tantas culturas do planeta.
O fato do observatório ter uma cúpula verde talvez simbolize o coração e, portanto, esta observação mais intuitiva das coisas. Intelecto e intuição precisam andar juntos, de forma coerente, para que haja uma visão mais clara, com maior discernimento.
Jung diria que as quatro funções em equilíbrio, pensamento, intuição, sentimento e sensação é que permitem uma visão mais inteira da realidade.
O fato deste observatório ser um presente dá a impressão de algo que recebi de “alguém”. Mas quem será este “alguém”?
Acho interessante que na língua inglesa a palavra para presente é “gift” que também é a tradução para a palavra “dom”, um tipo de habilidade inerente à pessoa.
Não acredito que o dom seja algo ganho, mas algo conquistado através do desenvolvimento e da prática, ao longo do tempo, de potenciais que estavam latentes.
Quando alguém nasce com um dom, como no caso de Mozart, por exemplo, acredito que este talento ou habilidade tenha sido desenvolvido em outras experiências, em outras vidas.
Para mim esta é uma das grandes evidências do sistema reencarnatório, pois fala mais alto ao meu senso de justiça.
Bem, à luz destas reflexões, acredito que tenha este dom de observar o cosmo usando intuição e intelecto, algo que procuro desenvolver com estudo, observação e prática.
Talvez isto me credencie a falar um pouquinho sobre 2012, como sugerido no sonho.
Como se fosse uma continuação, mais uma ala do desfile sobre 2012, uma parte do enredo, em 14/09/09 tive outro sonho que falava sobre um aspecto mais especifico e diria urgente deste tema.
"Sonhei que estava com uma câmera filmadora observando a formação de tornados em um céu tempestuoso. Enquanto filmava vários tornados começaram a se formar.
Das nuvens surgiam cones que iam até certa altura, mas, no entanto, não chegavam até o solo e se desfaziam rapidamente.
Então uma das nuvens desceu em espiral até um lago e um tornado se formou. Não era um tornado muito forte e fiquei ali observando aquele fenômeno da natureza por um tempo.
Quando chegou à margem do lago, vindo em minha direção, se transformou em um ninja vestido de preto e vermelho, que imediatamente compreendi como sendo um personagem do jogo Mortal Kombat, mesmo não tendo familiaridade com este jogo!
Curiosamente o ninja era o ator Keanu Reeves!
Quando aquela figura se manifestou tive um pouco de receio e recuei.
O lago estava no quintal, nos fundos de uma casa e havia uma estrada lateral que ia do lago até a frente da habitação que ficava em um ponto mais alto.
O corredor passava ao longo de toda a lateral.
Já na parte da frente da casa fiquei observando o guerreiro e intuitivamente soube que era preciso derrotá-lo, pois representava uma ameaça.
Naquele momento surgiu uma corrente, saída não sei de onde, que aprisionou o ninja, mas sabia que era só uma questão de tempo até ele se soltar.
Naquele momento, entrei na casa. Senti que havia muitas pessoas ali dentro, mas não podia vê-las. Então corri para os fundos onde, por uma janela lateral, pude ver o ninja se soltando das correntes.
Sabia que enquanto estivesse na casa e o ninja permanecesse no quintal eu estaria protegido, mas se ele chegasse até a porta de entrada todas as pessoas que estivessem ali estariam em perigo.
Portanto tinha a clara percepção de que era necessário detê-lo antes que subisse a rampa e chegasse à porta de entrada. Fiquei imaginando como aquilo poderia ser feito.
Meu sonho terminou ali.”
Ao acordar compartilhei o sonho com Lucimara e comecei a interpretar as imagens ali contidas para extrair a mensagem. É claro que os sonhos tem um significado pessoal, mas muitas vezes tem um tom mais coletivo e foi isto o que senti com este aqui.
Primeiramente associei a tormenta e os tornados com potenciais cataclismos envolvendo a Terra nestes momentos que precedem o ano 2012 que, para muitos, será marcado por episódios climáticos apocalípticos.
No entanto, assim como no sonho, onde vários dos possíveis tornados não conseguiam se manifestar, compreendo que estes potenciais apocalípticos também não têm mais as condições e a força necessária para se tornarem nossa realidade.
Ainda assim, parece haver um resíduo que pode se manifestar. Mesmo que sua força e poder de destruição sejam reduzidos ele traria uma certa ameaça.
Curiosamente enquanto escrevia esta parte da narrativa um temporal caiu em Belo Horizonte. Parte do rufo de nossa casa voou e foi parar no quintal da vizinha. As folhas carregadas pelo vento entupiram a calha do telhado e a água começou a se juntar e a vazar por toda a casa.
Era por volta da meia noite e estávamos movendo os móveis e passando o rodo pelo chão para retirar a água.
No dia seguinte uma amiga me ligou para contar de sua experiência com aquela tempestade. Antes do temporal disse ter sentido seu corpo vibrando, como uma corrente elétrica estivesse passando por ele.
Depois disse que houve um apagão em seu bairro e tudo ficou escuro. Ao olhar para o cenário disse que havia vários clarões azulados, provavelmente devido aos curtos circuitos na fiação elétrica.
O comentário que fez foi “Parecia que o mundo estava acabando. Senti medo naquele momento”.
Este medo do fim do mundo através de eventos naturais parece ser algo muito enraizado na psique humana. Ao contar à minha amiga sobre o que estava escrevendo ela teve um insight e disse que aquelas coisas estavam vindo à tona, à consciência, para que as memórias com relação a isto fossem purificadas.
Como se não bastasse aquela sincronicidade, no dia seguinte, esta mesma amiga me ligou novamente para compartilhar outros fatos. Disse que havia acabado de conversar com uma amiga dela e, sem que tivesse mencionado nada sobre este tema, a amiga disse que tivera um pesadelo na noite anterior.
No pesadelo ela via "uma grande cidade sendo destruída por tornados!"
Outro fato interessante foi que minha amiga tinha acabado de receber uma música dos anos 70 que falava sobre a natureza, nos trazendo a pergunta, “o que iremos escolher?”
Curiosamente o nome do cantor e compositor era Hurricane Smith.
Para quem não sabe Hurricane significa furacão, em português.
Naqueles dias fui à casa de grandes amigos meus que não se ligam muito em temas esotéricos e espiritualistas.
Ele é um engenheiro metalúrgico, como eu, e ela uma psicóloga com formação psicanalítica. Durante nossas conversas, não me lembro porque, a Dani disse que 2012 era um símbolo muito forte e que ela tinha medo do que aconteceria naquela data!
Estes fatos sincronísticos se uniram a esta malha de consciência me mostrando que há realmente uma atmosfera psíquica coletiva envolvendo estes potenciais.
O fato de um tornado representar esta idéia é muito sugestivo e contém várias camadas de interpretação e significados.
Além da representação óbvia de uma força destrutiva da natureza, o tornado tem o formato de um redemoinho semelhante a uma Ponte de Einstein Rosen que é o centro da forma toroidal, dos campos eletromagnéticos!
Mesmo não havendo uma explicação definitiva, acredita-se que os mecanismos de transformação associados a 2012 tenham a ver com o entrelaçamento entre o poderoso campo magnético da galáxia, o do Sol e o da Terra. Em seu livro “Galactic Alignment”, John Major Jenkins fala sobre isto.
Voltando ao símbolo do redemoinho, da ponte, muitos acreditam que esta ponte é a conexão entre o espaço e o hiperespaço, o portal interdimensional, se pudermos chamar assim, através do qual tanto a matéria quanto a realidade se manifestam a partir do mundo quântico, do vácuo, do mundo das potencialidades, do Agora!
Postula-se que seja através desta ponte, ou destas pontes, que se precipitam os potenciais mais ativados, as ondas de probabilidades mais fortes da realidade. É parte do mecanismo da co-criação! Alguns físicos chamam a isto de campos de torção.
É claro que do ponto de vista científico esta é uma hipótese controversa, mas para mim esta é uma verdade enraizada em minha própria experiência, pois uma vez eu (minha consciência) literalmente entrei por este túnel espiralante em um movimento ascendente e me manifestei conscientemente em outro plano da realidade, um plano mais sutil e expandido onde pude observar os potenciais de minha alma em uma dinâmica simbólica, sintética e transformadora. Após a experiência naquele plano entrei novamente por aquele redemoinho, desta vez em um movimento descendente, e despertei no corpo, no plano físico, com toda a lembrança do que ocorrera